dezembro 20, 2015

as castanhas...


a minha bisavó fazia-as assim...

COZIDAS COM ERVA-DOCE E SECAS NO FORNO
castanhas
erva doce, q.b.
água
sal do marinho, q.b.
ligo o forno a 200º.
lavo as castanhas e faço-lhes um golpe transversal sem as cortar completamente.
coloco-as numa panela com água fria e levo-as ao lume. junto erva doce e deixo levantar fervura. nesta altura junto uma pitada do sal marinho.
deixo as castanhas cozerem, mantendo a água a ferver em lume médio. quando já estiverem amolecidas, retiro do lume, escorro-as e coloco-as no tabuleiro do forno.
levo-as agora ao forno até secarem completamente e ficarem com a casca estaladiça para se poderem descascar fácil fácil...
prontas... quentes e boas;)

o meu pai prefere-as cozidas, e acho até que só com sal...

COZIDAS COM ERVA_DOCE OU ESTRELA-DE-ANIS
o mesmo processo anterior... sem irem ao forno!
uso a erva doce ou a estrela-de-anis
um bocadinho mais difíceis de pelar... mas se estiverem bem cozidas e ainda quentes vai-se lá:))

eu gosto assadas... e da rua... melhor ainda... nos meus passeios outonais é um 'must'... e boas boas, são as do assador ali do cimo do Chiado, ao pé das igrejas, ou lá em baixo, já no final quando se atravessa para o Rossio...
em Coimbra, ou lá perto, em Góis ou no Sarzêdo, quando se acende a lareira, entretenho-me a enfiá-las, já cortadas, entre as brasas... depois é um instante... mas um instante mesmo... num abrir e fechar de olhos, já a pele da castanha queima... e ficam que é délice;))
por aqui e sem lareira é muitas vezes assim...

CASTANHAS ASSADAS NO FORNO
castanhas
sal do marinho, q.b.

ligo o forno a 180º
lavo as castanhas e faço-lhes um golpe transversal sem as cortar completamente.
coloco-as no tabuleiro do forno, polvilho com o sal marinho e levo ao forno a assar. no de vez em quando, abro o forno e dou-lhes um abanico. fecho de novo e deixo assar.
quando estiverem quase, já macias, subo a temperatura do forno para os 200º e deixo-as mais um pouco até a casca ficar bem estaladiça...
se deixo muito tempo, as castanhas começam a ficar torradas... o que significa que ficarão duras e não se poderão comer! por isso no tal do de vez em quando, retiro uma ou outra e provo!
quando prontas, envolvo-as num paninho turco de cozinha ou num saquinho de lã feito pela avó Ginita.

e por fim e quando as cozinho com as COUVES DE BRUXELAS ou a BATATA-DOCE, asso-as sempre primeiro. depois é só misturar no cozinhado;)
há também quem as frite... mas o trabalho é muito... que salpicam em demasia e engorduram muito as mãos... mas são boas também...

e só para que saibam...
as castanhas são ricas em hidratos de carbono complexos e proteína de elevada qualidade equivalente à do ovo. não contêm glúten nem colesterol. são também ricas em amido e facilmente transformadas em farinha que é usada para pães e massas...
cruas são altamente indigestas, mesmo as piladas, que viajavam muitas das vezes nos bolsos do Tio Tonecas, no entanto podem ser cozinhadas de variadas maneiras...  cozidas, assadas ou fritas... simples, em conjunto com os bichos, para quem os come, ou só mesmo com os legumes:))
vão bem com a couve, lombarda ou portuguesa, com as couves de bruxelas, a cenoura, a batata-doce e os cogumelos... e depois ainda fazem sopinhas deliciosas:)
no prato principal ou em jeito de sobremesa e com um copinho da jeropiga, da qual a avó Ginita também se ocupava, as castanhas fazem a délice do Outono;)

as panquecas da Califórnia



polvilhadas com o açúcar e a  canela, cobertas com uma qualquer compota ou com o chocolate derretido ou quando finjo não estar atenta com a Nutela... que também a compro em versão orgânica e saudável, mesmo quando a Princesa prefere o tradicional:), as panquecas fazem as delícias da casa às vezes mas muitas...

domingo sem feira, meio quente meio frio lá fora... não muito diferente da temperatura de dentro!
Pantagruel aberto... e vamos às Panquecas que se fazem num vipte-vapte...

versão adaptada das Panquecas da Califórnia

90gr de farinha de aveia
20gr de farinha de trigo
1 colher café de fermento em pó
1 ovo inteirinho
2dls de leite meio-gordo
20gr de manteiga sem sal derretida no banho-maria
óleo de girassol, q.b.

peneiro as farinhas e o fermento para uma taça.
junto o leitte e o ovo.
mexo com as varas. junto a manteiga e continua a mexer.
junto as farinhas eenvolvo muito bem, sem bater.
aqueço a frigideira antiaderente com um fio de óleo. retiro o excesso com o papel absorvente.
deito uma concha do preparado anterior e deixo cozinhar até começar a formar bolhas em cima, e estar loirinha por baixo.
com a ajuda de uma espátula viro e deixo cozinhar o outro lado.
retiro para o prato e voilá!
topping à escolha do freguês

outubro 16, 2015

os muffins

e parece que finalmente engrenou... e de volta aos jantares voltaram também e para já os muffins... e já na próxima semana a ver se voltam também os bolos do pequeno-almoço...
é que isto de babies, tem pouco que se lhe diga mas muito para fazer...
no outro dia perguntaram-me 'quanto custa ter um filho?'
quanto custa? quanto de dinheiro?
bom, salvo fraldas e algumas coisas básicas obrigatórias, não custa muito, custa o que quisermos que custe... eu vivo segundo o lema 'less is more', por isso o Guilherme (e também a irmã dele, e também eu), tem exactamente o q.b. de tudo, o que para muitas coisas é o mesmo que não as ter:))
agora, um bebé custa tempo... custa muito tempo! custa todo o tempo, disponibilidade e paciência do mundo... e custa tanto tempo que é por isso que a vida começa a andar num outro ritmo e com outras prioridades. mas isso é também porque acredito que sou eu que me adapto à vida com os filhos e não os filhos que se adaptam à minha vida... escolhas!
e é por estas e por outras que os muffins só chegaram ao seu destino esta semana... apesar de muito fáceis de fazer...
a receita original é com a farinha de trigo e com uma mistura de ervas aromáticas... eu faço-os com espelta e kamut, com sementes, cenoura, courgette ou espinafres, especiarias fritas com cebola e azeite ou simples... 
 
 
para 12 muffins a receita base...
 
no liquidificador misturo, na velocidade máxima e por uns minutos
 
30cl de leite
22,5 cl de azeite
2 ovos
reservo.
 
para uma taça, peneiro
 
375gr de farinha de espelta e kamut (250 espelta + 125 kamut)
1 colher sopa rasa de açúcar amarelo
1 colher de chá de fermento
flor de sal, q.b.
pimenta, q.b.
 
à mistura liquida junto a mistura seca e envolvo muito bem com uma colher.
e agora junto o que quero...
 
cenoura ou courgette ralada, cebola refogada com especiarias, tipo caril e garam masala, ervas aromáticas, sementes de girassol e abóbora, sementes de papoila e por aí fora.
também já os fiz com tomate seco e ficam délice.
 
unto as formas com manteiga e polvilho-as com farinha.
deito colheradas de massa até ao topo da forma e levo ao forno a 180º.
 

setembro 26, 2015

as Tartes de Compota Caseira

enchem os corações da Esperança de açúcar, em qualquer das estações...
no Verão apetece fazê-las com os pêssegos, com os alperces ou com os frutos vermelhos. e agora que começa o Outono, as maçãs e as pêras são os frutos de eleição.
um destes dias vou ainda experimentar com os marmelos... que adoro previamente cozidos e assados com mel!

qualquer que seja o fruto, a compota faz-se sempre da mesma maneira e a massa é particularmente deliciosa se lhe juntarmos uma boa pitada de flôr de sal.
para a Tarte de Pêra...


700gr de pêras limpas da pele e sementes e partidas em pedaços
180gr de açúcar amarelo

num tacho em lume médio.
deixo ferver até dissolver o açúcar e amolecer a pêra.
retiro do lume, passo com a mágica da varinha.
de novo ao lume médio/ baixo, deixo ferver até reduzir um pouco e engrossar.
retiro do lume e reservo.

para a MASSA...
250gr farinha de espelta
2 gemas
125gr de manteiga sem sal
125gr de açúcar amarelo
flôr de sal, q.b.

peneiro a farinha juntamente com o açúcar para uma taça.
junto uma boa pitada de flôr de sal.
junto as gemas a manteiga partida em pedaços.
amasso até ligar todos os ingredientes e obter uma bola bem homogénea.
embrulho em película e deixo repousar no frigi por 30 minutos.
... ... ...
retiro a película.
achato a massa e com o rolo estendo até obter uma folha de massa de espessura média. a espessura é um bocadinho ao gosto do freguês, eu faço-a fina... e a melhor forma de estender a massa (qualquer massa mais amanteigada) é usando dois quadrados de papel anti-aderente. um por baixo da massa, em cima da banca, e outro por cima da massa, por baixo do rolo. assim, a massa nunca agarra;)
coloco a massa numa tarteira, retiro os excessos e levo ao forno, já aquecido, a 180º, até assar.
retiro do forno.
deito a compota por cima e levo de novo ao forno para secar um pouco.
outra opção...
é dividir a massa em dois pedaços, um maior do que o outro e usar o mais pequeno para fazer tirinhas com as quais cubro a tarte depois de lhe deitar a compota, fazendo quadrados.
depois, levo ao forno até cozer as tiras.

e para a Tarte de Pêssego é a mesmissima coisa...

setembro 22, 2015

De regresso à mesa da Esperança



... depois de um longo período de férias, em novo horário e de cara nova:)

agora abrimos a porta do 3º do nº60 às 3ª feiras, e o jantar vai para a mesa às 20h30
claro está que é preciso reservar, através dos contactos aqui ao lado, e todos são bem vindos:)

para hoje...


*'bruschetta' com azeite de alho e alecrim

*risotto de funcho com pimenta rosa e malagueta seca

*sorbet de limão da 'Nannarella'


setembro 09, 2015

e no dia depois... Supplì di Riso


a minha bisavó não fazia os Supplì di Riso, nem tão pouco o risotto, mas fazia uns bolinhos de arroz, também eles das sobras, que conta o meu senhor pai, com uma colherinha de açúcar e ainda quentes, lhe sabiam a figos!!!
por aqui não os faço doces, junto-lhes o queijo mozzarella lá pelo meio e é quanto basta para um belo petisco...

restos do risotto (qualquer um...)
1 gema
flor de sal, q.b.
pimenta preta, moída no instante, q.b.
queijo mozzarella (eu usei um resto de mozzarella ralado que tinha)
1 ovo inteiro
pão ralado
óleo de girassol para fritar

ao resto do risotto, junto-lhe a gema.
misturo muito bem (pode ser com as mãos) e tempero com um pouco de flor de sal e pimenta. o risotto já tinha sal, é preciso contar com isso...
faço bolinhas de tamanho médio e no centro coloco um pedaço de mozzarella. como usei o ralado, fiz um montinho e deu na mesma... fecho de novo a bola com o arroz.
passo por ovo batido e pão ralado.


entretanto, aqueço o óleo e frito os Supplì di Riso até ficarem douradinhos.

setembro 06, 2015

O Grandioso Risotto

... é o preferido da Princesa e gosta quem já o provou, não é o meu favorito, mas é uma délice fazê-lo!


deixo tudo pronto em tacinhas, a chamada mise-en-place, e depois são uns 20 a 30 minutos.
na dúvida... página 130 do livro 'cozinha de itália', do Jamie Oliver, oferecido pelas queridas alminhas...

começo por fazer o caldo (de legumes), e logo pela manhã. acredito que também fique bom com os caldos de compra, mas eu não os uso...
depois, preparo tudo o resto...
a quantidade de arroz, sigo as instruções do chef, que faz o básico usando 400gr de arroz de risotto para 6 doses. se formos mais ou menos faço a famosa regra de três simples;) e quando sobra, no dia seguinte temos os Supplì di Riso para o almoço ou para acompanhar uma cervejinha lá em cima na varanda.

o método é sempre o mesmo independentemente do risotto que se pretende...
a meio da cozedura do arroz é quando se junta o preparado dos legumes ou outro qualquer...
deixo aqui duas das receitas que já fiz...


Risotto de Abóbora com Manjericão

1 cebola média sem pele e muito picada
1 abóbora manteiga, descascada, limpa de sementes e cortada em cubos pequenos
manjericão, umas quantas folhas cortadas em tiras
azeite, q.b.
flor de sal, q.b.

caldo de legumes (receita para 2lts)
1 cebola grande sem pele e muito picada
1 dente de alho sem pele e muito picado
1 copo de vinho branco seco
uma noz de manteiga
azeite, q.b.
400gr de arroz de risotto
sal marinho
70gr de manteiga
130gr de parmesão e pecorino ralados no instante (65gr+65gr)

primeiro a abóbora...
numa frigideira, junto a um bom fio de azeite a cebola picadinha.
levo a lume brando e assim que começar a fervilhar junto a abóbora. mexo.
junto a flor de sal.
deixo no lume mexendo de vez e quando até a abóbora amolecer. e nesta altura com as costas de um garfo, esmago a abóbora, ainda na frigideira, e de um modo grosseiro.


se estiver muito seco, junto um pouco mais de azeite.
junto o manjericão em tiras e envolvo.
provo. acrescento sal se necessário e retiro do lume. reservo.


agora o Risotto...
começo por aquecer, até ferver, o caldo já pronto.
quando ferver, reduzo o lume para o mínimo para o manter bem quente. isto é muito importante, porque vou acrescentar o caldo sucessivamente ao arroz sem que este pare de cozer.
num tacho bem largo, deito um bom fio de azeite e a noz de manteiga.
junto a cebola e o alho. mexo e deixo suar, que é o mesmo que deixar a cebola translúcida, sem cor.
naquele momento, quando a cebola tiver amolecido, junto o arroz.
envolvo e deixo fritar até o arroz começar a ficar ligeiramente translúcido também, que é basicamente quando está já bem quente.
junto agora o vinho branco. mexo. e deixo que o arroz absorva completamente o vinho soltando todo o vapor.
começo agora a juntar o caldo...
continuo com o lume brando.
junto uma primeira concha e mexo. deixo o arroz cozinhar até este caldo ser absorvido pelo arroz.
e só depois disso, junto uma segunda... e assim sucessivamente.
a meio da cozedura, junto agora a abóbora já cozinhada. mexo.


continuo a acrescentar o caldo.
provo e rectifico o sal, juntando sal marinho se necessário.
continuo assim, até o arroz estar al dente. cozido mas com um toque durinho no final. mas atenção, tem que estar cozido. há ali uma altura em que parece que está pronto mas deve cozer um pouco mais.
caso o caldo acabe, junto água a ferver.
a última concha de caldo não deve secar completamente para que o arroz não fique muito seco.
retiro agora do lume.
se os meus convidados ainda não estão na mesa, este é o momento de os chamar...
junto agora os 70gr de manteiga e o parmesão e o pecorino ralados.
mexo e envolvo muito bem.
tapo o tacho por 2 minutos! segundo o meu querido Jamie Oliver, este é o momento mais importante...
agora é só comer!


Risotto de Funcho

exactamente o mesmo processo...
em vez da abóbora... o funcho...

1 cebola média sem pele e muito picada
sementes de 1 piri-piri, eu uso a minha mistura picanta da all'arrabiata, e como é muito picante apenas 1/4 de uma colher de chá
2 bolbos de funcho cortados em tiras finas
azeite, q.b.
sal marinho, q.b.
sementes de funcho esmagadas, uma colher de chá

numa frigideira deito um bom fio de azeite.
junto a cebola e levo a lume brando até ficar translúcida.
junto a minha mistura picante ou as sementes de piri-piri e as sementes de funcho esmagadas, deixo fritar uns segundos mexendo.
junto o funcho. tempero com o sal marinho e deixo cozinhar em lume brando até amolecer o funcho, com a frigideira destapada.
quando estiver pronto, reservo e inicio o risotto... mesmo processo que o anterior!

setembro 03, 2015

O Caldo de Legumes

que só uso quando faço risotto, é muito fácil de fazer... requer apenas tempo e um arregalar de olho no de vez em quando das duas ou três horas em que tem que ferver.
não usando toda a quantidade ou fazendo mais do que o necessário pode sempre ser congelado e em pequenas porções ou conservado no frigi (depois de frio)...
 
eu gosto de o fazer com sementes de funcho, mas não é obrigatório... é apenas importante que ferva durante muito tempo, pois quanto mais ferver mais apurado fica.
 
num tacho junto...
 
1/2 cebola descascada
1 dente de alho esmagado sem a pele
1 alho francês pequeno partido grosseiramente
1/2 funcho
2 pés de aipo
1 ou 2 cenouras grandes sem pele e partidas em rodelas grossas
1 molho de salsa
1 folha de louro
sementes de funcho, q.b.
 
acrescento 2lts de água e levo ao lume,
quando levantar fervura, baixo o lume e deixo por 2 ou 3 horas.


eu não costumo pôr sal. uso o sal depois no prato que vou fazer...
passado aquele tempo, desligo o lume e passo o caldo por um escorredor.


pressiono os legumes com as costas de uma concha e volto a coar para ficar bem limpo.



já está. pronto a usar...
para mim, muito melhor do que os cubinhos tradicionais... mesmo sendo orgânicos e coisa e tal...

setembro 02, 2015

Pizza Marguerita com mozzarella fresco

a Princesa ainda batia perna no shopping e o meu senhor tinha jantar agendado com um amigo lá dos 'states'... assim sendo, e depois de Sua Magestade, o pequeno Guilherme, já em vale de lençóis, de banho tomado e barriga cheia, sobrava eu...
no frigi, um queijo mozzarella de búfalo fresco completamente italiano e metade de uma garrafa de molho de tomate também lá das itálias... e o manjericão que finalmente pegou a pedir para ser usado...
ora como as minhas pizzas são coisa que leva meia das horas a fazer, iniciei aquele que iria ser o meu jantar... a pizza marguerita...



molho de tomate vipte-vapte

1 cebola pequena sem pele e muito picada
1 dente de alho esmagado sem pele
Passata Mutti di Pomodoro, 100% italiano, 360ml (que era metade da garrafa)
azeite, q.b.
açúcar amarelo, q.b.
sal marinho, q.b.
manjericão, umas quantas folhas cortadas em tiras e outras inteiras

num tacho pequeno, deito um bom fio de azeite e junto a cebola e o alho. mexo e levo a lume brando até a cebola começar a suar.
junto algumas folhas de manjericão cortadas em tirinhas e mexo.
junto o tomate e mexo até levantar fervura, em lume brando.
junto o açúcar, até reduzir a acidez do tomate e junto o sal. é importante não juntar grandes quantidades de açúcar e sal de uma vez só, para obtermos um bom equilibrio entre os dois, por isso, vou deitando um bocadinho de um e de outro, provo e rectifico se for necessário.
deixo reduzir um pouco, mexendo no de vez em quando e está pronto.

para a pizza...
faço a massa e coloco-a no tabuleiro do forno untado com azeite.
depois de cozida, retiro, espalho o molho de tomate por cima e acrescento o mozarella de búfalo escorrido da água e partido em jeito grosseiro.


levo novamente ao forno até o queijo derreter.
retiro e acrescento as folhas de manjericão.

e voilá... uma super pizza deliciosa e super hiper rápida de fazer!!! confesso que bebi também uma cervejinha a acompanhar;)

agosto 12, 2015

Minestrone... Billy's favorite dish


e a Ribollita também...
e depois de as estudar pelo meu livro de cozinha de eleição, 'cozinha de Itália' do Jamie Oliver, iniciei-me nestas duas sopas há já tempos atrás...
a grande diferença entre as duas, é que a primeira usa massa e é mais aguada e a segunda usa o pão e fica mais espessa.
nunca as fiz tal qual a receita... a Minestrone, porque usa pancetta fumada ou bacon, a Ribollita porque não lhe junto o pão dentro... uso-o mas na borda do prato. e também nem sempre lhes ponho a batata... por nenhuma razão em particular.
mas tal como é mencionado no livro...
«(...) nesse dia foram-nos oferecidas 4 ribollitas! Foi muito educativo, pois nenhuma era igual em aspecto ou sabor (...)»
e esta é a grande particularidade destas duas sopas, poderem ser feitas em qualquer altura e com os legumes da estação...
e eu tinha um restinho do feijão Aduki... melhor fica quando uso feijão seco e o cozo na véspera. mas assim é também uma boa opção de fast food...

1 cebola pequena, muito picada
1/2 dente de alho muito picado
1 pedaço de funcho, (usei dois tronquinhos) partido em rodelas pequenas
1 cenoura sem pele, cortada longitudinalmente em quatro e depois transversalmente em rodelas finas
1 tomate pequeno, sem a pele e as sementes, cortado em pedaços pequenos
1/2 courgette ou uma mais pequena, partida longitudinalmente em quatro e depois transversalmente em rodelas finas
2 folhas de acelgas
feijão aduki
manjericão, umas quantas folhas e os talos
massa filini all'uovo (nº613), duas colheres de sopa
azeite, q.b.
sal marinho, q.b.
louro, uma folha
água a ferver ou caldo de legumes
queijo parmesão, q.b.


numa panela, coloco um bom fio de azeite e junto a cebola, o alho e a folha de louro.
levo a lume brando até o azeite aquecer e a cebola começar a suar.
naquele momento junto os talos do manjericão muito picados, o funcho e a cenoura e deixo refogar em lume baixo para não tostar e até amolecer um pouco. e sempre com a panela destapada.
junto o tomate e mexo.
acrescento um pouco de água a ferver ou caldo de legumes. e espero até levantar fervura.
junto o feijão e as acelgas. mexo e tempero com o sal marinho. quando junto as folhas é normal a temperatura baixar e com ela a fervura.
retiro a folha de louro.
quando o caldo ferver novamente junto a massa.
acrescento água ou caldo se estiver muito grossa. (mas sempre a ferver)
provo.
acrescento sal se necessário.
esta massa demora 3 minutos a cozer... também já fiz com esparguete partido em pedaços.
quando a massa all dente, está pronto.
coloco a minestrone numa taça e polvilho com as folhas do manjericão picadas.
junto um fio de azeite.
o parmesão, cada um junta o que quer... e já no prato.

 
não adoro estas comidas, normalmente até é só o Billy que as come, mas adoro fazê-las...
eu, tal como o Jamie Oliver diz na contracapa, «...deveria ter nascido italiano(a).»

agosto 10, 2015

ainda nas Saladas... agora com o mozzarella fresco


 
as folhas são outras, que em vez da rúcula juntei às alfaces os espinafres.
funcho em tirinhas finas
tomate cherry
queijo mozzarella fresco, escorrido e partido
levedura de cerveja em flocos
flor de sal, q.b.
azeite, q.b.
 
 
o pão comprei-o fresquinho e hoje pela manhã no BRIO, mas é da Quinoa.
espelta com 7 sementes;)
e para logo mais uma espécie de Minestrone... sopa italiana com feijão, massa e alguns legumes. mais adequada aos tempos quentes, é certo, mas por ser tão cheia de coisas (vegetais) é um must para uma boa refeição sem bichos;)

eu, o Agostinho e o feijão Aduki

juntámo-nos à mesa da Esperança, enquanto lá fora, as folhas da grande árvore que tenho à minha janela, suplicam por gota de água que seja... não é tempo de chuvas, mas não há quem aguente tanto calor...
até os pássaros parece que piam menos nestes dias...
a minha pequena horta já foi chão que deu uvas... primeiro foram as chuvas do Inverno e depois o sol do Verão lisboeta que faz torrar o que quer que seja que se plante naquela varanda com vista para o rio.
 

o calor é tanto que prefiro esta minha mesa interior, com a árvore grande à minha direita para as minhas refeições literárias;)

para a Salada com o Feijão Aduki...
tal qual o preto do outro dos dias, e porque o trouxe no mesmo dia em que saí ao Chiado, usei o Aduki na lata...
feijão 'pequinino', de cor vermelha, originário do Japão, é rico em proteínas, fósforo, cálcio, ferro, potássio, zinco, fibras solúveis e vitaminas do complexo B...
 
folhas de alface verde
folhas de alface escura
rúcula
funcho em tiras finas
tomate cherry cortado em metades
feijão aduki cozido, usei em lata também orgânico do BRIO
flor de sal
levedura de cerveja em flocos
molho vinagrete

lavo as folhas das alfaces e da rúcula, e centrifugo-as no utensílio próprio... a melhor invenção de cozinha!
lavo o funcho e seco-o.
junto as folhas e o funcho numa saladeira.
junto o tomate.
junto o feijão.
polvilho com flor de sal e uma boa colher de sopa de levedura de cerveja.
rego com o vinagrete...

numa taça junto...
mostarda, uma colher de chá
pimenta preta moída, pitada
mel, 1/2 colher de chá
azeite, q.b.
vinagre (opcional para mim que não uso)
mexo muito bem com as varas até obter um molho homogéneo.
e pronto está!

agora mais completo... as fagitas

com o quase guacamole do outro dia, porque foi sem a cebola, e com o feijão preto que desta vez usei em lata, que compro no BRIO, e que por sinal é muito bom, assim fomos até um pseudo méxico...


quase sempre uso o feijão seco...
deixo-o em banhos durante a noite e de manhã, pelo nascer do sol, cozo-o em panela de pressão, com um fio de azeite,
meia cebola espetada com cravinhos e
um dente de alho esmagado e sem a pele.
sal do marinho, mas só quando o feijão já está cozido! (prática para todas as leguminosas)

quando não há feijão seco em casa, ou a coisa é decidida no instante, vou num vipte-vapte ali ao Chiado e trago também as tortillas, que nunca as faço em casa... e que encontro também orgânicas... e para quem prefira, também as há, glúten free...

voltando ao pretinho do feijão, e depois de cozido, passo-o com a mágica da varinha, depois de escorrido. acrescento um pouco da água da cozedura para ficar cremoso e não muito seco.
usando o da lata, é só escorrer e passar com a varinha. uso um pouco da água também.
entretanto...

uma cebola média muito picada
azeite, q.b.
malagueta, q.b.
flor de sal

numa frigideira, deito o azeite, junto a cebola e levo a lume brando a suar.
junto a malagueta. ou, prefiro eu, uso uma mistura de piripiri, a famosa mistura arrabiatta spicy, que comprei num mercado em Roma.
junto o creme de feijão. mexo. provo. acrescento flor de sal se necessário e um fio de azeite.
se estiver muito seco, junto um pouco da água de cozer o feijão.

entretanto, o guacamole está pronto, que a Princesa ajudou a fazer...
e é só preparar as fagitas...

aqueço uma frigideira anti-aderente, e quando quente q.b., e a seco, ponho uma tortilla que deixo aquecer até começar a levantar a massa, o que acontece em segundos. viro. deixo acontecer o mesmo e retiro.
já no prato...
pasta de feijão
quase guacamole
dobro de um lado
dobro do outro...

julho 31, 2015

os hamburgers de Quinoa com Amêndoa

por aqui chove a cântaros...
o bebé quase que dorme a soneca da manhã, acordado está desde as 6h... a Princesa ainda no seu sono de beleza e o meu senhor nas aulas...
aproveito eu este tempinho que normalmente dedico à minha ginástica para deixar aqui as receitas que já se acumulam em fila de espera...

e uma delas são estes hamburgers délice, que faço com amêndoa e outras vezes com as preferidas sementes de girassol.
acredito que fique bem também com avelãs, nozes, sementes de abóbora, sementes de sésamo e por aí fora...
não são vipte-vapte, mas são fast q.b....
umas vezes termino-os no forno, outras na frigideira com azeite.
a crosta raro é fazê-la com pão ralado... prefiro usar gomásio (mistura de sementes de sésamo e sal marinho) ou só sementes de sésamo moídas ou sementes de girassol...


uma caneca cheia de quinoa
1 alho-francês, partido ao meio longitudinalmente e depois em rodelas de 1/2cm, lavado e bem seco
2 cenouras médias, sem pele e raladas grosseiras (é o ralado maior)
uma mão cheia de amêndoa com pele, moída
sal marinho, q.b.
flor de sal, q.b.
azeite, q.b.
especiarias (opcional - não usei)
gomásio ou sementes de sésamo ou girassol, moídas, q.b.

coloco um tacho com água ao lume e quando levantar fervura junto-lhe a quinoa.
(eu uso água abundante que depois escorro no final da cozedura)
junto um pouco (a quinoa salga facilmente!) de sal marinho.
mexo e deixo cozer em lume médio, até se soltar aquela película branquinha...
quando estiver macia, escorro a água e reservo.

entretanto, e enquanto a quinoa coze, preparo os legumes...
numa frigideira coloco o azeite e o alho-francês.
levo ao lume brando e deixo refogar um pouco sem corar.
(se aqueço primeiro o azeite, corro o risco de ao juntar o alho-francês este fritar de imediato... eu por mim nunca deixo fritar... o azeite queima em demasia e os legumes perdem todas as propriedades)
junto uma pitada de flor de sal.
junto a cenoura e mexo.
deve ficar um pouco húmido do azeite, mas sem água... portanto deixo evaporar a água, se por acaso o alho-francês a libertar...
provo. rectifico o sal.
junto a amêndoa moída e envolvo.

numa taça, coloco a quinoa cozida e junto-lhe o refogado do alho francês, cenoura e amêndoa.
amasso um pouco, misturando muito bem e provo. acrescento flor de sal se necessário.
agora...
há quem use ovos, só gema, para ligar e pão ralado para engrossar e coisa e tal... eu não. a humidade da quinoa cozida, se a deixarmos cozer bem, é o suficiente para unir o preparado. agora, é claro que são hamburgers mais frágeis e por isso temos que manuseá-los com cuidado para não se desmancharem... e ao fritá-los só se viram uma das vezes!
moldo os hamburgers com as mãos e passo-os pelo gomásio.
numa outra frigideira, ou na mesma mas limpa do refogado, aqueço uma boa porção de azeite.
quando quente, coloco os hamburgers e deixo fritar, virando-os uma só vez para fritarem do outro lado.
escorro em papel absorvente (mas não ficam com muita gordura...)
no forno... e a 200º
coloco os hamburgers já passados pelo gomásio no tabuleiro do forno forrado com o papel vegetal, e até corarem.

acompanho com uma salada de folhas verdes...
alface verde, roxa e espinafres, mais umas tiras de funcho, regada com um fio de azeite e polvilhada com flor de sal e levedura de cerveja...
por aqui continua a chover e o pequeno lá adormeceu...

julho 30, 2015

millet com legumes

 

que podia ser... arroz integral com legumes, quinoa com legumes, cuscuz com legumes ou outro cereal qualquer com legumes...
não tenho por hábito fazer comidas com mix de legumes... nem as sopas... faço num de vez em quando uns pasteis de massa tenra (deixei de usar a massa folhada porque continha álcool nos ingredientes!) quando não são de seitan, num outro e mais raro ainda, a paella e neste que foi num dia já perdido da conta, o millet que poderia ter chamado de millet primavera... 
variar e diversificar não tem que ser necessariamente numa só refeição;) e quanto mais se mistura mais se perdem os sabores individuais... vale o lema... 'less is more'. no entanto, e para aproveitamento de legumes perdidos no frigi, estas são receitas boas!
 
o millet, bom para os que escolhem a dieta 'glúten free', é também conhecido por painço ou grão dos pássaros. é um cereal de muito fácil digestão por ser alcalino e depois é também rico em vitaminas do complexo B, ferro, zinco, potássio, cálcio e magnésio...
e é também muito fácil e rápido de cozinhar.
 
para o millet...
 

1 caneca de millet
água a ferver, q.b.
sal marinho, q.b.

lavo o millet com água corrente e deixo escorrer.
levo um tacho ao lume com água abundante e quando ferver junto-lhe o millet.
junto uma pitada de sal marinho e deixo cozer em lume brando.
quando estiver macio, escorro da água e reservo.


passo aos legumes... e todos em quantidade q.b....


cenoura sem pele partida em tiras
abóbora manteiga sem pele e sem sementes, partida em cubos pequenos
cebola vermelha, descascada e partida em meias-luas finas
courgette partidas primeiro em rodelas e depois em tiras
alho francês em rodelas
azeite, q.b.
sal marinho, q.b.
flor de sal, q.b.
caril (ou outras especiarias), q.b.
tahini ou pasta de amêndoa, uma boa colher de sopa

numa frigideira coloco um bom fio de azeite e levo a aquecer.
junto uma pitada de caril.
junto todos os legumes (desta vez e como só salteei um pouco os legumes não liguei muito aos tempos de cozedura de cada um).
tempero com sal marinho. mexo e deixo fritar.
junto uma boa colher de tahini ou de pasta de amêndoa e mexo.
provo. rectifico o sal, mas agora acrescento flor de sal se necessário.

quando pronto, com os legumes al dente, junto o millet.
em vez do tahini ou da pasta de amêndoa posso juntar molho de soja.
e em vez da frigideira uso muitas vezes o wok para saltear os legumes.


julho 29, 2015

é quase Guacamole...

mas sem preceito e sem a cebola, que crua não é minha favorita...
também sem o tomate concassé, que é pelado, sem sementes e partido em quadrados miudinhos... em vez dele, o tomate cereja ou o cherry...
é uma forma délice de comer abacate... que é um tesouro para os desta espécie que põem de parte os bichos... é rico em ómega3, fibras, magnésio e ácido fólico.
por aqui a Princesa é fã e delicia-se com este 'quase Guacamole' de manhã ao pequeno-almoço. melhor do que as estrelitas, que às vezes come em férias;)
eu por mim, recheio tostas de centeio WASA (verdadeiras tostas, sem os mil ingredientes das tostas convencionais) e junto-lhe uma fatia de queijo. acompanho com uma salada de folhas verdes, salpicada com sementes de girassol e regada com azeite.
outras das vezes, deixo o fruto só na salada...
 
 
1 abacate maduro
5 ou 6 tomates cereja ou cherry, lavados e cortados em quatro
sumo de 1/2 limão
flor de sal, q.b.
azeite, q.b.
 
parto o abacate ao meio e retiro-lhe o caroço.
em cada metade, corto o miolo em tiras até à casca, longitudinal e depois transversalmente, fazendo quadrados. com uma colher, retiro o miolo para uma taça.
com um garfo, esmago o abacate.
rego com limão.
junto o tomate, e envolvo.
tempero com a flor de sal e um fio de azeite.
 
 
o verdadeiro Guacamole
 
1 abacate maduro
2 tomates cacho, pelados, sem sementes e partidos em cubos pequeninos
1/2 cebola pequena, sem pele, picada muito miudinha
sumo de 1 limão
flor de sal, q.b.
pimenta preta moída no instante, q.b.
azeite, um fio, pouco
 
arranjo o abacate como anteriormente.
rego com o sumo de meio limão.
junto o tomate e a cebola e envolvo muito bem, até formar uma papa.
tempero com flor de sal e uma pitada da pimenta preta moída. mexo.
junto um fiozinho de azeite. mexo.
provo e rectifico o sal e o sumo de limão. eu junto-lhe a outra metade do sumo, que gosto do sabor do citrino...
 
quando é noite mexicana aqui na Esperança, o Guacamole vai num instante... e às vezes sem os nachos a acompanhar, que gostamos mesmo é de o usar como recheio das tortillas por cima da papa de feijão preto que faço com o picante d' all'arrabbiata:))

duas receitas com cevada...

que por serem um pouco mais demoradas, devem ser pensadas e decididas no dia antes de irem para o prato!
é preciso demolhar... tal como todos os outros cereais integrais. não só porque ajuda na cozedura, tornando-a mais rápida, como, e muito mais importante, porque disponibiliza as proteínas, minerais e vitaminas para serem absorvidas pelo nosso corpinho:)
o ideal é uma noite em banhos, tal como as leguminosas... no entanto, os cereais podem ficar menos tempo... algumas horas em água e é já q.b....
vale lembrar também, para os mais preocupados com a 'informação nutricional' que a cevada é rica em vitamina B1 e magnésio;)
 
 
Demolhar a cevada e outros cereais integrais
 
às vezes, muitas, os cereais integrais, e em particular o arroz, precisariam de ser 'escolhidos', que é o mesmo que retirar falsos grãos e outras impurezas... quando tenho muita paciência, faço-o... é uma espécie de meditação... e faz lembrar outros tempos que não os meus...
depois, é importante lavá-los com água corrente. e se não os 'escolhi' no antes, é nesta lavagem que o posso fazer.
encho agora uma taça de vidro com água fria e deixo o cereal em banhos... durante a noite ou pelo menos durante umas 3 horas...
antes de o cozer...
escorro a água, lavo novamente em água corrente e deixo escorrer e secar novamente (esta última do secar novamente, não é essencial)
agora sim, está pronto para cozinhar...
 
(este processo serve para as leguminosas também, que devem ficar a noite inteira em banhos!)
 
 
Cevada com Abóbora e sementes da mesma
 
 
uma caneca de cevada
1/2 abóbora manteiga descascada e partida em cubos pequenos
1 cebola média, descascada e picada
uma mão cheia de sementes de abóbora
azeite, q.b.
sal do marinho, q.b.
flor de sal, q.b
 
depois de demolhada e escorrida, deixo secar a cevada.
coloco uma panela ao lume com água, 3x a quantidade de cevada, e quando ferver junto-lhe a cevada.
deixo ferver em cachão durante 10 minutos e depois baixo o lume e deixo cozer brandamente... e demora... demora... demora... aí por uns 40 a 50 minutos. cozo sem adicionar sal.
se for necessário acrescento água a ferver.
a cozedura termina quando a cevada estiver bem macia. pode até ficar al dente, mas cuidado porque se confundirmos o al dente com 'duro', a cevada, como todos os cereais integrais tornam-se indigestos e não são nada agradáveis de comer...
 
no entretanto, preparo a abóbora...
numa frigideira, coloco um bom fio de azeite e a cebola picadinha.
levo ao lume brando até a cebola começar a suar.
naquele momento junto a abóbora.
mexo e mexo e deixo a abóbora amolecer.
se for necessário acrescento um pouco mais de azeite.
tempero com flor de sal e vou mexendo.
junto as sementes de abóbora e envolvo.
provo, rectifico temperos e voilá!
 
volto à cevada...
quando estiver quase no ponto, tempero com um pouco de sal marinho.
estando cozida, escorro.
junto a cevada à abóbora e envolvo muito bem.
provo e acrescento flor de sal se necessário.


Cevada com Pesto de Sementes de Girassol e Abóbora


enquanto a cevada coze, preparo o Pesto...


uma mão cheia de manjericão, picado
sementes de girassol e abóbora tostadas e picadas
1/4 de um dente de alho picadinho
queijo parmesão, q.b. e ralado no momento
azeite, q.b.
flor de sal, q.b.

para tostar as sementes posso fazê-lo no forno, ligando a resistência de cima, 200º, e colocando o tabuleiro com as sementes, a seco, no topo do forno. é menos de um instante... é preciso ficar de olho.
posso também fazê-lo numa frigideira ou tacho, a seco e no lume. aqueço um dos dois, e coloco as sementes. em lume mais ou menos forte, vou mexendo as sementes até tostarem. a frigideira (ou o tacho) fica muito quente... depois deixo arrefecer por completo antes de lavar.
em qualquer das opções não é necessário tostar muito...

 
depois disto, passo as sementes para o moedor para que fiquem picadas, mas não muito.
num almofariz, coloco o alho picadinho, o manjericão também picado, flor de sal e um fio de azeite. esmago tudo até obter uma papa (também se pode fazer esta mistura no liquidificador...).
junto um pouco do parmesão e envolvo.
junto as sementes e mais um bom fio de azeite. envolvo.
provo. acrescento flor de sal se necessário e está pronto.
 
 
quando a cevada estiver pronta, al dente mas macia, misturo-lhe o pesto.
rego com um fio de azeite e polvilho com parmesão moído.

julho 28, 2015

Pizza num instante


todo o santo sábado e pela fresca da manhã encontram-me no mercado do Príncipe Real, às vezes sozinha, só com Sua Majestade ou também com a Princesa... não com banca, bem gostava eu, mas na banca. as preferidas... a primeira, junto ao quiosque, onde está a Dona Lucinda e a última que é a Quinta do qualquer coisa, que não me lembra agora o nome, mas que tem banca também, mais fina porque é de comes e bebes no Mercado da Ribeira. pelo meio, e dos outros produtores compro sempre qualquer coisa também.
e o tomate é habitué, compro quase só e apenas no biológico. quase, porque por vezes uso as latas de tomate pelado ou pelado e partido da Guloso e que não sendo minhas favoritas, são boas também para um momento de maior aflição.
e nesse mesmo sábado, e quando o Billy está em fim-de-semana de teaching, e a Margarida anda por casa, almoçamos já quando da hora do almoço passa, muito depois de cheio e arrumado o frigi, e de alimentado o mais pequeno.
e porque é a favorita das duas, faz-se a pizza...
e como a rúcula enche um dos sacos também e vem fresca fresquinha do biológico, faz-se a Pizza de Rúcula.
pelo caminho de regresso à Esperança, que a pé se faz, lembramo-nos do queijo. o mozarela fresco. e num super que é mini mas mercado também, entra a Princesa, se me acompanhou lá acima antes, enquanto fico eu à porta com Sua Majestade no carrinho e as compras pousadas no chão. compra-se o queijo e continua-se, rumo à la maison, e tagarelando sobre os mais diversos assuntos. são belas estas manhãs de sábado:)

tudo arrumado e enquanto o molho reduz, mãos à massa... e depois é um abrir e fechar de olhos!
se estou sozinha, é Pizza na mesma, mas de massa mais composta porque lhe acrescento as sementes, de sésamo ou linhaça, e às vezes de girassol, meias partidas naquele que é o jeito grosseiro ou mesmo moídas.
com a Princesa é massa simples, que das sementes não é fã.
o resultado, é uma Pizza sem fermentos, délice das délices. sem preceito, de formas mais quadradas do que redondas, que como regada do azeite e dobrada com um sanduiche;)


Massa para Pizza (para um tabuleiro do forno)
 
1 e 1/2 caneca de farinha de espelta
1 caneca de farinha de kamut
1/2 caneca de água morna
azeite q.b.
flor de sal q.b
sementes de sésamo, linhaça, girassol, papoila, abóbora, ... moídas (opcional)

numa taça peneiro as farinhas (às vezes deito-as só sem as peneirar).
junto as sementes (opcional).
junto a flor de sal e um bom fio de azeite (conto até 8 ou 10, enquanto vou deitando o azeite - esta é a minha medida).
junto a água morna e começo a mexer com uma colher de pau.
quando a massa começa a ligar, ponho-lhe as mãos.
é uma massa elástica e mole. só adiciono mais farinha (de espelta) se estiver mesmo muito mole. de contrário vou amassando até ligar. e amasso-a um pouco mais, na banca polvilhada com farinha.
reservo.
passo ao molho de tomate...


Molho de tomate para todas as pizzas

1 cebola descascada e picada em cubos muito miudinhos
1 dente de alho esmagado e sem a pele
6 a 8 tomates cacho, pelados, sem sementes e cortados em cubos (o chamado tomate concassé)
sal marinho, q.b.
açúcar amarelo, q.b. (para cortar a acidez do tomate)
azeite, q.b.

num tacho, coloco um bom fio de azeite.
junto a cebola e o alho e levo ao lume brando até a cebola suar, que é o mesmo que ficar translúcida.
junto o tomate e mexo.
quando levantar fervura, acrescento uma colher de chá, mais coisa menos coisa, do açúcar amarelo. e tempero com sal marinho.
mexo, deixo reduzir, que é até a água evaporar e o molho secar um pouco.
provo e rectifico os temperos. se ainda estiver muito ácido, acrescento um pouco mais de açúcar.
retiro o alho.
e está pronto.


a Pizza de Rúcula

forno a 180º
massa da pizza
molho de tomate
1 queijo mozarela fresco, escorrido e partido em pedaços (que descansam sobre papel absorvente para retirar a água)
rúcula, q.b., lavada e bem seca

com a ajuda do rolo, ou só à mão, estendo a massa da pizza e coloco-a no tabuleiro do forno, untado com azeite.
deixá-la mais fina ou mais grossa, é à vontade do freguês...
furo-a com um palito e levo ao forno a assar (meio do forno)
quando pronta, retiro.
cubro-a com o molho de tomate. e espalho sobre o molho os pedaços de mozarela fresca.
levo de novo ao forno (agora mais junto ao cimo) até derreter o queijo.
retiro e cubro com a rúcula.
já no prato, rego com azeite!

julho 21, 2015

sopa de feijão-mungo para o bebé



entretanto estamos no Verão, e o Guilherme quase que nada;)
é tempo de iniciar as leguminosas. continuamos com as papas e ainda o leite materno já em restinhos...

*papa Holle millet com leite de transição Holle2 de manhã,
*fruta no meio da manhã,
*sopa de legumes com cereal e/ ou leguminosa mais fruta no almoço
*leite materno à tardinha e às vezes fruta que sobrou do almoço
*papa Holle millet com leite de transição Holle2 ao jantar
*leite materno (ainda) duas vezes durante a noite... às vezes é mais a mama a fazer de xuxu;)

àss sopas/ cremes de 2 ou 3 legumes com uma folha, adicionamos agora uma colher de chá de cereal ou leguminosa.
combinações experimentadas...

*Sopa de abóbora manteiga, courgette e acelga (ou alface ou espinafre ou agrião), mais arroz completo ou lentilha vermelha
*Sopa de três abóboras, alface e quinoa
*Sopa de abóbora manteiga, batata doce e alface, acelga ou espinafre, com uma colherzinha de arroz completo
*Sopa de abóbora, courgette, chuchu, agrião e lentilha vermelha
*Sopa de abóbora, cenoura, feijão verde e alface, com arroz completo
(...)

e para amanhã o FEIJÃO MUNGO já está de molho;)
e assim fica pela noite...

na manhã do dia seguinte, numa panela pequena junto...
abóbora manteiga cortada em pedaços,
courgette cortada longitudinalmente e sem aquele miolo mais esponjoso,
água a cobrir.
levo ao lume a cozer.

entretanto, numa outra panela, coloco o feijão escorrido e lavado da água nocturna e coberto de outra água levo a cozer primeiro em lume forte que depois passa para brando, e com um fio de azeite.
quando estiver cozido, reservo.

quando a abóbora e a courgette estão já amolecidas, junto 3 folhas de alface. deixo cozer por mais uns minutos.
retiro da água e junto uma colher de sopa do feijão já cozido e uma colher de sopa do caldo da cozedura. passo com a mágica da varinha. se ainda estiver muito grossa junto água de cozer os legumes, não mais do feijão.
acrescento um fio de azeite e já está...
SOPA DE FEIJÃO MUNGO para o bebé!