julho 06, 2016

risotto de ervilhas com pangrattato de tomate seco

tantos em último jantar na Esperança, mas mesmo assim ainda coubemos dentro do meu mais que precioso poleirinho, que é a cozinha, a dançar ao som dos Chromeo...
e para tantos, é preciso facilitar no que fazer. seríam as pizzas, mas com um só forno... impossivel.
o risotto, é uma receita óptima para quando somos muitos. não demora muito tempo na confecção, apesar de demorar algum na preparação... eu tenho o dia todo, entre pequenas brincadeiras com o meu mais pequeno, mudanças de fraldas e papas. e foi mesmo o dia todo!
as ervilhas estavam decididas. mas faltava qualquer coisa. e já em tempos, a folhear o meu grandioso Jamie Oliver, no seu 'cozinha na itália', descobri o pangrattato.
mas o pangrattato é feito com anchovas, e por aqui gostamos mesmo é de ver as anchovas em águas, as delas, em vez de na lata. mas as anchovas, na lata, fizeram-me lembrar do tomate seco em óleo. diferente é certo, mas com um gosto apurado como o daqueles peixes, e com o óleo. para além de poder ser cozinhado também.
durante a tarde experimentei...
oh my god!
o resultado foi grandioso...
e mais tarde, ao jantar, todos adoraram aquele crocante, estaladiço e salgado que polvilhou o risotto das ervilhas.

para a preparação do PANGRATTATO, preciso de:

4 mãos cheias de pão de ontem, partido em pedaços (o BRIO vende pão de trigo orgânico da véspera com desconto, e serve muito bem para estas ocasiões)
1 frasco de tomate seco em óleo, de preferência marca italiana
2 malaguetas secas (opcional)
azeite, q.b.


no robô trituro o pão com o tomate seco, e quase todo o óleo, mais as malaguetas (opcional), até obter um esfarelado de cor rosada.
aqueço um pouco de azeite numa frigideira anti-aderente e vou fritando em pequenas porções aquela mistura.
deixo fritar, mexendo de vez em quando, até tostar. quando estiver torrado retiro do lume.
escorro em papel absorvente.
quando o risotto estiver pronto, emprato-o e polvilho com o pangrattato de tomate seco.
(este foi o da experiência... deve ficar mais esfarelado, quando passado no robô)



quanto ao risotto, o processo é sempre o mesmo.
ao caldo de legumes, depois de ferver por uma hora, junto-lhe as ervilhas orgânicas congeladas, que retiro depois de cozidas, deixando o caldo a ferver em lume brando ainda por mais duas horas.
as ervilhas cozidas, junto-as ao risotto, já quase no finalzinho, antes das últimas colheradas de caldo.
depois é a manteiga e o parmesão.
e já no prato, o pangrattato.

julho 03, 2016

creme de várias abóboras, vagem e beldroegas, com trigo sarraceno


aqui por casa não há questões sobre comer legumes já que tudo é sobre legumes!
assim sendo aqueles dramas à volta da sopa, não existem... não quero com isto dizer que também não tenha que contar histórias e mais historietas para o Guilherme comer. e há dias em que a coisa não corre mesmo bem! mas tem vindo a melhorar...
devido ao nosso regime alimentar, resolvi guardar a sopa para a noite. é mais aconchegante e o ideal para depois se ir dormir. eu faço o mesmo. e é assim porque entretanto já se comeu uma papa com flocos de aveia, espelta, sementes de girassol, cânhamo, sementes de chia e de gogi, cajú e flocos de trigo sarraceno, com uma banana; crackers de espelta e kamut; figos; lentilhas com cenoura, funcho e espinafres com arroz integral; torradas de pão de espelta e iogurte com bolachas de espelta e maçã ralada... (este é um exemplo de menú de um dia do Guilherme)
no entanto, as sopinhas do Guilherme são um bocadinho mais substanciais do que aqueles nossos cremes... até porque lhes acrescento sempre um cereal. a quinoa e o trigo sarraceno funcionam muito bem.
e hoje, com tudo muito fresquinho do mercado orgânico do Princípe Real, fiz um creme com vários legumes e pela primeira vez com as famosas beldroegas.
as quantidades são a olho, o normal para uma sopa que me dá para duas ou três refeições, no máximo.

3 tipos de abóbora, sem pevides e partida em pedaços
courgette, partida em pedaços (retiro a parte mais esponjosa, e as mais pequenas são as melhores)
cenoura, sem pele e partida grosseira
beterraba, sem pele e partida grosseira
vagem (esta vagem, tipo feijão verde mas mais redondo, é uma delícia, caseirissima, de uma hortinha cujo produtor vai vender ao mercado), partida em pedaços
beldroegas, lavadas (folhas e talos)
trigo sarraceno, lavado
sal marinho, q.b.
azeite, q.b.


coloco todos os legumes, com excepção das beldroegas, numa panela (por vezes refogo-os primeiro num pouco de azeite) e junto água fria até cobrir.
levo ao lume forte até levantar fervura. se fizer espuma, retiro-a.
assim que ferver, junto o trigo sarraceno, reduzo o lume, e deixo cozer.
uns minutos antes de retirar do lume, junto as beldroegas.
deixo levantar uma fervura, e quando as beldroegas amaciarem, retiro a panela do lume.
escorro a água para um copo (esta água podemos usar para cozer massa ou arroz ou outra coisa que estejamos a preparar).
passo com a varinha mágica e tempero com sal marinho, pouco.
no momento em que o Guilherme come, rego com azeite.

julho 02, 2016

os figos


hoje foi dia de mercado, e as frutas de verão já começam a aparecer, mesmo que um pouco atrasadas e muitas vindas do país ali do lado.
nada contra, mas tento comprar daqui das nossas hortas.
e hoje foi o dia dos figos 'made in portugal'... ricos em fibras, açúcar e em anti-oxidantes.
foi a sobremesa do Guilherme, que aqui fazemos antes do almoço no que diz respeito às frutas, e que os comeu só assim!

lentilhas verdes com cenoura, funcho e espinafres

as lentilhas verdes sem casca, diz na embalagem, que não precisam de ficar em águas. mesmo assim, qualquer leguminosa beneficia se for mergulhada, umas por mais tempo do que outras.
também por isso cozem mais depressa e ficam mais macias.


1 caneca de lentilhas verdes sem casca, demolhadas
1/2 cabeça de funcho, cortada em tiras finas e depois em quadrados
2 cenouras, sem pele, partidas em pequenos cubos
uma mão de espinafres, folhas e alguns talos
1/2 dente de alho, sem pele e esmagado
gran masala, uma pitada
azeite, q.b.
sal marinho, q.b.
água a ferver

aqueço o azeite num tacho médio com o alho esmagado. junto o funcho e a cenoura. mexo e deixo começar a crepitar em lume brando.
junto uma pitada de gran masala e mexo.
deixo em lume brando, destapado, até a cenoura amaciar.
escorro, lavo e junto as lentilhas. mexo.


acrescento água a ferver até cobrir.
tapo o tacho e deixo cozer em lume brando, verificando de vez em quando se é preciso juntar mais água (sempre a ferver).
quando as lentilhas estão quase cozidas, junto os espinafres arranjados e lavados.
tempero com sal marinho, tapo e deixo acabar de cozer em lume brando.

tanto a massa como o arroz são excelentes acompanhamentos!