dezembro 20, 2015

as castanhas...


a minha bisavó fazia-as assim...

COZIDAS COM ERVA-DOCE E SECAS NO FORNO
castanhas
erva doce, q.b.
água
sal do marinho, q.b.
ligo o forno a 200º.
lavo as castanhas e faço-lhes um golpe transversal sem as cortar completamente.
coloco-as numa panela com água fria e levo-as ao lume. junto erva doce e deixo levantar fervura. nesta altura junto uma pitada do sal marinho.
deixo as castanhas cozerem, mantendo a água a ferver em lume médio. quando já estiverem amolecidas, retiro do lume, escorro-as e coloco-as no tabuleiro do forno.
levo-as agora ao forno até secarem completamente e ficarem com a casca estaladiça para se poderem descascar fácil fácil...
prontas... quentes e boas;)

o meu pai prefere-as cozidas, e acho até que só com sal...

COZIDAS COM ERVA_DOCE OU ESTRELA-DE-ANIS
o mesmo processo anterior... sem irem ao forno!
uso a erva doce ou a estrela-de-anis
um bocadinho mais difíceis de pelar... mas se estiverem bem cozidas e ainda quentes vai-se lá:))

eu gosto assadas... e da rua... melhor ainda... nos meus passeios outonais é um 'must'... e boas boas, são as do assador ali do cimo do Chiado, ao pé das igrejas, ou lá em baixo, já no final quando se atravessa para o Rossio...
em Coimbra, ou lá perto, em Góis ou no Sarzêdo, quando se acende a lareira, entretenho-me a enfiá-las, já cortadas, entre as brasas... depois é um instante... mas um instante mesmo... num abrir e fechar de olhos, já a pele da castanha queima... e ficam que é délice;))
por aqui e sem lareira é muitas vezes assim...

CASTANHAS ASSADAS NO FORNO
castanhas
sal do marinho, q.b.

ligo o forno a 180º
lavo as castanhas e faço-lhes um golpe transversal sem as cortar completamente.
coloco-as no tabuleiro do forno, polvilho com o sal marinho e levo ao forno a assar. no de vez em quando, abro o forno e dou-lhes um abanico. fecho de novo e deixo assar.
quando estiverem quase, já macias, subo a temperatura do forno para os 200º e deixo-as mais um pouco até a casca ficar bem estaladiça...
se deixo muito tempo, as castanhas começam a ficar torradas... o que significa que ficarão duras e não se poderão comer! por isso no tal do de vez em quando, retiro uma ou outra e provo!
quando prontas, envolvo-as num paninho turco de cozinha ou num saquinho de lã feito pela avó Ginita.

e por fim e quando as cozinho com as COUVES DE BRUXELAS ou a BATATA-DOCE, asso-as sempre primeiro. depois é só misturar no cozinhado;)
há também quem as frite... mas o trabalho é muito... que salpicam em demasia e engorduram muito as mãos... mas são boas também...

e só para que saibam...
as castanhas são ricas em hidratos de carbono complexos e proteína de elevada qualidade equivalente à do ovo. não contêm glúten nem colesterol. são também ricas em amido e facilmente transformadas em farinha que é usada para pães e massas...
cruas são altamente indigestas, mesmo as piladas, que viajavam muitas das vezes nos bolsos do Tio Tonecas, no entanto podem ser cozinhadas de variadas maneiras...  cozidas, assadas ou fritas... simples, em conjunto com os bichos, para quem os come, ou só mesmo com os legumes:))
vão bem com a couve, lombarda ou portuguesa, com as couves de bruxelas, a cenoura, a batata-doce e os cogumelos... e depois ainda fazem sopinhas deliciosas:)
no prato principal ou em jeito de sobremesa e com um copinho da jeropiga, da qual a avó Ginita também se ocupava, as castanhas fazem a délice do Outono;)

as panquecas da Califórnia



polvilhadas com o açúcar e a  canela, cobertas com uma qualquer compota ou com o chocolate derretido ou quando finjo não estar atenta com a Nutela... que também a compro em versão orgânica e saudável, mesmo quando a Princesa prefere o tradicional:), as panquecas fazem as delícias da casa às vezes mas muitas...

domingo sem feira, meio quente meio frio lá fora... não muito diferente da temperatura de dentro!
Pantagruel aberto... e vamos às Panquecas que se fazem num vipte-vapte...

versão adaptada das Panquecas da Califórnia

90gr de farinha de aveia
20gr de farinha de trigo
1 colher café de fermento em pó
1 ovo inteirinho
2dls de leite meio-gordo
20gr de manteiga sem sal derretida no banho-maria
óleo de girassol, q.b.

peneiro as farinhas e o fermento para uma taça.
junto o leitte e o ovo.
mexo com as varas. junto a manteiga e continua a mexer.
junto as farinhas eenvolvo muito bem, sem bater.
aqueço a frigideira antiaderente com um fio de óleo. retiro o excesso com o papel absorvente.
deito uma concha do preparado anterior e deixo cozinhar até começar a formar bolhas em cima, e estar loirinha por baixo.
com a ajuda de uma espátula viro e deixo cozinhar o outro lado.
retiro para o prato e voilá!
topping à escolha do freguês